quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

IN MEMORIAM...


“Morrer é, afinal de contas, o que há de mais normal e corrente na vida, facto de pura rotina, episódio da interminável herança de pais a filhos pelo menos desde Adão e Eva. in "As Intermitências da Morte", José Saramago

Por mais que convivamos diariamente com a morte, ainda que tantas vezes de forma irreflectida, a verdade é que não nos conseguimos adaptar aos sentimentos de tão profunda dor que ela é capaz de provocar em cada um de nós.
Não! Não venho aqui, hoje, falar de morte! Venho falar de vida e de memórias... as boas memórias que me fazem recordar a minha avó Gracinda como uma mulher cheia de vida... uma vida longa e, de alguma forma, uma vida muito Feliz... rodeada de gente que a amou muito com o coração e com a alma...
Na semana passada quis Deus chamá-la à sua divina presença... quem somos nós para questionar a justiça de Deus?!
Ainda assim, como bem me referia há dias um amigo meu, a verdade é que os que são nossos e que nós amamos nunca são velhos para morrer... porque são nossos, fazem parte de nós, das nossas vidas, do nosso mundo... E, é por isso que, mesmo sabendo que a minha avó Gracinda viveu 95 anos de vida, de uma vida boa, com saúde e amor, não consigo calar a mágoa que inunda o meu coração e a dor e a saudade que, em cada noite, em cada manhã, me atrofiam a alma e a força.
Conforta-me a Fé e certeza de que a alma forte e viva da minha avó vela, agora, por nós junto de Deus...
Afinal de contas, como bem escreveu o Apóstolo Paulo, se apenas acreditarmos na morte e rejeitarmos a vida restaurada em Cristo, então, é completamente vã a nossa Fé...
Que a minha avozinha descanse, agora, em Paz...

Aproveito esta ocasião para, em meu nome pessoal e em nome da minha família agradecer reconhecidamente a todos aqueles que, neste momento tão difícil, partilharam connosco a nossa dor e nos transmitiram a sua amizade e o seu apoio.

Pedro Pires

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